Leomir Santana(Estudante do Curso de Jornalismo da UFRB)
o último dia 18 de novembro a Câmara Municipal de Vereadores de Cachoeira promoveu uma sessão solene em comemoração ao dia da consciência negra, com a palestra do Antropólogo e professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e a apresentação do Samba de Roda Filhos do Caquende. Entre outras atrações da noite, foi exibida a exposição de atabaques produzidos artesanalmente por Gilberto Bandeira da Silva, artesão da região.
Aos 73 anos de idade, Gilberto Bandeira, popularmente conhecido como Tingolinga, constrói atabaques que são utilizados por terreiros de candomblé, além de barris onde são armazenadas diversos tipos de bebidas como vinho e água ardente. Nascido em São Félix, Gilberto Bandeira mora em Cruz das Almas à 56 anos. Ele oferece um curso de tanoeiro, ou seja, ensina a construir artesanalmente atabaques e barris. O curso é realizado em Cachoeira na Ladeira da Cadeia, e conta atualmente com cerca de 25 pessoas, entre elas, homens e mulheres.
O tanoeiro Gilberto Bandeira afirma que aprendeu esta arte muito importante em sua vida com seu pai. “Comecei a trabalhar com isso desde os meus 13 anos de idade”, explica ele. Esse instrumento possui grande relevância para os rituais realizados no candomblé. Segundo Benício Souza, babalorixá do Terreiro Umeji, o atabaque é importantíssimo para o candomblé. “Tocar o atabaque é uma forma de mandar uma mensagem para os orixás”, afirma Benício Souza.
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