terça-feira, 23 de março de 2010

Sessão Itinerante no povoado do Saco

A Câmara promove na próxima quinta-feira, dia 25, às 16 horas, sessão itinerante,na sede da Associação de Moradores e Produtores do Saco. A iniciativa da sessão é de autoria do vereador Júlio Cesar Costa Sampaio.

Sessão ordinária da Câmara :22 de Março de 2010

Dia Mundial da Água
O vereador Carlos Menezes Pereira discursou sobre o Dia Munidal da Água, coemorado ontem em todo mundo. O edil utilizou dados estatísticos da ONU e do IBGE para alertar apopulação apra os problemas com aescassez de água no planeta. Relatou que em Cachoeira, algumas comunidades já estou sofrendo com o problema e lembrou que juntamente com outros colegas e lideranças comunitárias esteve na sede da CAR, reivindicando a implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água para diversas localidades da zona rural de Cachoeira. Falou da preocupação com a preservação dos manaciais que abastecem à população e dos cuidados que cada um dever ter para lidar com água.

Casa de farinha comunitária
O vereador Wnedel Chaves da Silva narrou que esteve recentemente esteve na comunidade da Baixa Grande acompanhado de técnicos da CAR, com objetivo de realizar estudos para a elaboração de projeto par a aimpantação de uma casa de farinha, apedido dos moraodres daqulea localidade. Ele agradeceu o apoio que os moradores da Baixa Grande têm recebido do prefeito de Cachoeira para tornar viável o projeto. Wendel Chaves ainda soliciotu providênias á Secretaria deObras e Meio Ambiente para melhorias da rua da Serraria, no povoaod da Murutuba.
Agricultura familiar e alfabetização
A vereadora Eliana Gonzaga de Jesus, pro ua vez, destacou a visita que fez à agência o Banco do Nordeste do brasil em camaaçari, one foi tratado a liberação de financiamento para os produores rurais de Cachoeira, para fomentar a agricultura familiar. A vereadora anunciou que foi firmado conv~enio entre o Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, Governo do Estado e Secretaria de Educação do Estado, através da Direc, para novas turmas de alfabetização de adultos do projeto Topa. Eliana Gonzaga reivindicou do Executivo municipal a criação das secretarias especiais de Reparação Racial, e da Mullher. A vereadora explicou é o municípo necessita de ampliar suas ações especícas para atender a estes segmetos da sociedade cachoeirana.
Iluminação do Jardim Grande
O vereador José Carlos Matos Silva agradeceu à Secretaria de Obras e Meio Ambiente, o atendimento à sua reivindicação, no que diz respeito à iluminação pública da Praça Ubaldino de Assiss , mais conhecida como Jardim Grande. Matos Silva disse que a diversas ruas do Capoeiruçu estão ás escuras e pediu providências à Secretaria de Obras e Meio Ambiente. Ele solicitou que aMesa Diretora da Câmara convocasse o presidente do Sindpuc, professor Antônio Pereira, para que o mesmo possa explicar o que está contecendo com os salários dos servidores municipais. O vereador também registrou a passagem do Dia da Água e falou da manifestação que foi realizada ontem pela manhã em alusão à data.
Estaleiro do Paraguaçu
O vereador Gevaldo Simões aproveitou a fala do colega Luis Carlos de Freitas Monteiro, e disse que diante dos fatos narrados, avaliou que há uma crise na saúde pública do município. Disse que há denúncias de médicos que não são médicos, da ausência de profissionais em diversas unidades e de agentes comunitários de saúde. Gevaldo sugeriu que fosse convocado para dar explicações o secretário Mamede Dayube, sobre a situação da saúde em Cachoeira. Em seguida, falou da audiência que teve com o secretário estadual da infra-estrutura João Leão onde foi tratado o tema da implantação do Estaleiro Enseada do Paraguaçu no vizinho município de Maragojipe. O vereador destacou os benefícios que o investimento promete trazer com abertura de novos postos de trabalho e melhoria de infra-estrutura dos municípios no entorno da obra. Ainda conforme Gevaldo Simões, está previsto o beneficiamento da estrada de Santiago do Iguape como parte da melhoria da infra-estrututra regional para o acesso ao investimento.

Obras de Saneamento
O vereador Luis Carlos de Freitas Monteiro convidou seus pares e toda sociedade para reunião com os moradores da Faleira e Lagoa Encantada, marcada pela Embasa e a Empresa de Engenharia Macro, no dia 25 de março, no Clube de Campo de Cachoeira. Segundo o vereador, a reunião que também deverá contar com a presença do prefeito Fernando Antônio da Silva Pereira, será para discutir a implantação de uma estação de tratamento de esgoto na localidade da Lagoa Encantada e que vem sendo questionada pelos moradores. O vereador, em seguida , disse que constatou em visita recente, a ausência de agente comunitário de saúde nas localidades do Tororó, Maria Preta e Vitória. Segundo ele, essas comunidades estão descobertas há onze meses e há o risco do município ser penalizado com a suspensão do repasse do PAB(Programa de Atenção Básica), já que o município não pode deixar a população sem os serviços do agente comunitário de saúde por um período tão longo. O vereador informou que vai procurar o Ministério Público Estadual, a Dires e a Secretaria Estadual de Saúde para pedir providências.

Vereador cobra vagas para alunos do Prominp
O vereador Júlio César Costa Sampaio usou o tempo das representações partidárias para cobrar mais uma vez, empregos no canteiro de obras da Petrobras em São Roque do Paraguaçu para as pessoas que fizeram o
O Prominp - Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. De acordo com o vereador, muitas pessoas largaram seus empregos para fazer o curso de qualificação e até agora não foram engajados no trabalho que a Petrobras executa no distrito de Maragojipe com a construção de duas plataformas de perfuração de petróleo e a manutenção de duas outras. O vereador Júlio César que esteve recentemente no canteiro de obras na companhia de outros edis, disse que foi informado que os trabalhadores estavam em greve e que os trabalhos estavam paralisados.

Ele prometeu voltar ao local para obter maiores informações sobre a oferta de vagas para as pessoas que fizeram o Prominp. O vereador foi apartedo pelo colega Gevaldo Simões que disse que estava havendo um equívoco por parte das pessoas sobre o canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu e a implantação do Estaleiro da Enseada do Paraguaçu que promete gerar oito mil vagas na região. O vereador Júlio Cesár nao concordou e disse que tem conhecimento de que o canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu está absorvendo mão de obra indicada por intermédio de cartas. Que no seu entender não é justo com aqueles que fizeram o curso de especialização.

Ainda em sua fala, o vereador Júlio Cesar nformou que esteve com o major PM Domingos, responsável pelo comando na região, para falar sobre a viatura que deverá vir para Cachoeira para ser incorporada á frota da unidade local. Segundo ele, foi publicado no Diário Oficial do estado que Cachoeira estaria na lista das cidades baianas que seriam contempladas com uma viatura da frota adquirida pelo Governo do Estado. O vereador registrou também o falecimento do presidente da Câmara de Vereadores de Serrinha, vítima de acidente automobilísitco no dia de ontem. Propôs à Mesa da Câmara uma Moção de Pesar pelo ocorrido com o político.

Maria Lúcia fala do Dia Mundial da Água
A vereadora Maria Lúcia Costa Santos em sua fala fez menção ao Dia Mundial da Água comemeorado ontem. Ela chamou atenção da população para o desperdício do líquido que já e tá faltando em alguns locais do município e aproveitou para cobrar da Embasa o conerto de parte do calçamento da Ladeira da Cadeia que foi danificado com a quebra de um trecho da tubulação que abastece o bairro. A vereadora também deu algumas dicas paraas pessoas economizarem água em suas residências. Maria Lúcia agradeceu á Secretaria de Obras e meio Ambiente do município pela colocação de cestos de lixo em diversos pontos do centro urbano.

sábado, 20 de março de 2010


Funcionárias da Câmara de Vereadores nas comemorações do dia 13 de março de 2010, juntamente com o presidente Carlos Menezes Pereira, a vereadora Maria Lúcia Costa Santos e o advogado Carlos Lago Neto.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Discurso do jornalista Jorge Ramos,orador do aniversário de Cachoeira

Eis a íntegra do discurso:
Senhoras, Senhores e Jovens de Cachoeira

Saúdo, em especial, as personalidades e autoridades, aqui presentes ou representadas.

Convém registrar, em primeiro lugar, o agradecimento sincero pelo honroso convite para aqui estar convosco, dialogando sobre Cachoeira, seu passado histórico, seu presente vivificado e seu futuro que esperamos construir de maneira socialmente justa para que venha a ser amplamente venturoso e sustentável.

Ouso aqui, talvez inspirado na vasta galeria de gerações de homens e mulheres talentosos que Cachoeira produziu, recorrer ao sábio francês Voltaire - filósofo do Iluminismo, adorador das liberdades civis e crítico mordaz de todas as formas de tirania e preconceitos - lembrando de um trecho do discurso que ele proferiu ao tomar posse na Academia Francesa, em 1746. Disse Voltaire: Que me seja permitido, senhores, entrar aqui convosco, em discussões literárias; minhas dúvidas se valerão de vossas decisões. É assim que poderei contribuir para o progresso das artes; e eu gostaria mais de pronunciar, perante vós, um discurso útil do que um discurso eloquente.”

O ambiente austero deste Salão, - onde aqui pisaram os dois imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II, presidentes, ministros, governadores, deputados e senadores - inspira-me a buscar forças e energia para tentar sintetizar num discurso útil, como disse Voltaire, as múltiplas páginas de exemplos fartos, de homens e mulheres, guerreiros e artistas, que através de 312 anos construíram Cachoeira. Sei que este é um desafio hercúleo, pois tantos e grandiosos são os fatos históricos, quão poucos e limitados são os nossos recursos.

Sim, são 312 anos de história que Cachoeira, essa jóia do patrimônio histórico brasileiro, deveria estar comemorando. Nossa cidade tem o sortilégio de ter muitas datas para brindar e festejar. Hoje aqui, neste 13 de março, festejamos apenas os 173 anos de sua emancipação política. Mas, em verdade, deveríamos festejar muito mais o 29 de janeiro de 1698 quando foi criada a Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira. Aí sim, começa a nossa história documental. Ademais, temos outra data, essa mais que expressiva : o Glorioso 25 de Junho, de indiscutível e inegável relevância para a própria História do Brasil. Eis aqui, retratado através do traço genial de Antonio Perreiras, uma representação da epopéia cachoeirana. A licença poética permitiu ao artista representar numa única cena três episódios que aconteceram em momentos distintos: a Aclamação de Dom Pedro, feita na manhã do dia 25, aqui da sacada desta Câmara, o bombardeio da vila e a morte do Tambor Soledade, nas horas seguintes, e a barca invasora, em frangalhos pois fora tomada pelos cachoeiranos no Paraguaçu, fato que só viria a ocorrer três dias depois. E uma curiosidade histórica: este quadro, cópia reduzida do que está no Palácio Rio Branco em Salvador, foi encomendado a Parreiras pela Intendência Municipal, mas curiosamente jamais foi pago. O quadro maior fora encomendado pelo Governador Vital Soares em 1928. Parreiras veio pessoalmente a Cachoeira e aqui passou pouco mais de um mês encantando-se com o acervo da cidade, notadamente o belo conjunto da Ordem Terceira, que ele confessa não ter visto igual, nem mesmo no Vaticano. Está relatado em sua autobiografia "História de Um Pintor."
Os dois quadros só foram concluídas e entregues três anos depois, quando o Brasil vivia em plena ebulição decorrente da Revolução de 1930, que alterou brusca e radicalmente a estrutura político-institucional do país, com a deposição dos governadores e de todos os intendentes. O fato é que é essa transição impossibilitou que a municipalidade honrasse o pagamento da obra que representa a sua data magna. Mas Parreiras, o maior pintor histórico desse pais, tem nosso agradecimento eterno, por ter sido justo e generoso com esta cidade, dando a este quadro o título que bem o sintetiza : Primeiro Passo para a Independência do Brasil.
E, de fato, o 25 de Junho tem este significado..

25 de Junho, que por esforços e empenho de uma cachoeirana valorosa, a deputada Lídice da Mata, hoje é também uma data histórica para todo a Bahia. Foi dela a idéia de criar umaa lei estadual que transforma nossa Cachoeira, a cada ano nessa data, em sede do governo estadual. 25 de Junho que, este ano, por ironia do calendário gregoriano, vai coincidir com outro embate entre brasileiros e portugueses. Mas desta vez a batalha será outra !

Se em 1822 o bombardeio da então Vila por tropas portuguesas ancoradas no Paraguaçu marcou o início da luta armada pela Independência do Brasil, passados 188 anos Brasil e Portugal voltarão a se enfrentar num 25 de Junho, num campo não de batalhas mortais. Desta vez será num campo de futebol, em partida pela Copa do Mundo. O esporte, demonstra mais uma vez - juntamente com a arte e a educação - ser o caminho óbvio para a obtenção da Paz. Nunca nos esqueçamos disso, se quisermos ajudar o nosso futuro; as nossas crianças e jovens a ser livres de todas as formas de violências. Não seremos dignos jamais de nosso passado glorioso, se não construirmos no presente os alicerces para um futuro onde os jovens de hoje venham a ter uma sadia e construtiva convivência e aprendam a ser cidadãos que construam o desenvolvimento em todas as suas formas e a paz em todas as sua virtudes.

A data de hoje, senhoras e senhores, registra o aniversário da Lei Provincial nº 43, com que o Presidente da Província da Bahia, Francisco de Souza Paraíso, elevou Cachoeira e Santo Amaro – no mesmo diploma , sim – à condição de cidades. Na mesma lei, Cachoeira recebeu o título de Cidade Heróica e Santo Amaro, o de Cidade Leal. Paraíso, que nascera em 1793 em Salvador e se formou em Direito na Universidade de Coimbra, tinha 44 anos e já ocupara cargos de juiz e desembargador do Tribunal da Bahia. Seu tumultuado governo foi abreviado pela revolta da Sabinada, que desafiou o Império e buscou para a Bahia uma autonomia federativa. Enquanto Salvador esteve em mãos dos rebeldes, o governo da Província se instalou em Cachoeira e daqui do Recôncavo partiu a reação e os revoltosos foram dizimados. Mais tarde, Francisco Paraíso veio a ser deputado e Ministro da Justiça, quando assinou com o Regente Diogo Feijó a primeira lei que estruturou os cursos elementares do Brasil. Morreu em 1843 como Senador do Império, representando a Bahia.

Como legislador ele teve atuação significativa, assim como devem ter todos os que recebem do povo a representação política. É inspirado nele que apelo aos atuais legisladores e gestores, como legítimos representantes do povo cachoeirano - a quem incumbimos da administração da nossa cidade - para que usem a vossa energia criativa em prol de políticas públicas voltadas para causas nobres como a educação e seus necessários complementos na construção da cidadania: a arte, a cultura e o esporte. Todos deram em passado recente muitas alegrias aos cachoeiranos. Refiro-me, sem desdouro de outros talentos, aos Tincoâs, de Dadinho e Eraldo – já falecidos – e, nunca é demais citá-lo como artista maior que é, Mateus Aleluia, orgulho de nossa terra e nossa gente.

No esporte tivemos a épica Seleção de Cachoeira a brilhar no futebol amador da Bahia. Outro destaque do esporte cachoeirano foram - passadas várias décadas ainda guardo na retina as lembranças - as competições de remo a embelezar as águas de um Paraguaçu festivo.

Paraguaçu, um rio que passa em nossa história ! Através dele adentrou-se o sertão e Cachoeira, encravada estrategicamente no seu último percurso navegável, servia de entreposto. Já no final do século XVII no século XVIII, éramos uma rota da Estrada Real, ligando as Minas Gerais à Cidade da Bahia, para daí embarcar o ouro e pedras preciosas da Colônia para servir de sustentáculo à Metrópole, para sustentar a corte de Lisboa.

Falava agora das lembranças da infância associadas ao Paraguaçu e nenhuma delas é tão viva quanto a de exatamente 50 anos atrás. Nessa mesma data, em 13 de março de 1960, Cachoeira estava praticamente submersa naquela que é sem exagero daquele garoto de cinco anos que a guardou na retina, senão a maior mas umas das maiores enchentes que esta cidade já viveu e sofreu. Aqui, embaixo, nas escadarias desse mesmo prédio tricentenário abrigaram-se dezenas de famílias, também assim o fora nas igrejas e escolas situadas em pontos altos, na Estação e no Ginásio. Cachoeira, qual uma Veneza barroca incrustada na paisagem colonial do Recôncavo, era tomada pelas águas do rio. A Enchente de 60 foi um marco que trouxe graves consequências, cruéis e devastadoras para a cidade, seu patrimônio e sua economia. A ela sucedeu-se um vertiginoso esvaziamento desta cidade.

São lembranças de uma época que muitos de nós, os que vivemos há mais de cinco décadas bem estimamos, porque assistimos no tempo seguinte à lenta agonia e a decadência econômica, pondo em risco nossos bens patrimoniais. À estagnação que se seguiu, veio também um certo encolhimento e Cachoeira foi posta numa espécie de redoma: este mesmo patrimônio, o casario colonial, seu acervo de bens imobiliários pareceu congelar no tempo e, contraditoria e repentinamente, o que aparentava ser atraso, transformou-se em fator de redenção décadas mais tarde. Mas, se Cachoeira entrou em um longo declínio, a esperança de nossa geração jamais decaiu. Acreditávamos sempre que através da cultura e do conhecimento, esta cidade voltaria a resgatar os seus tempos de glória. Tempos em que servia de referência para a Bahia e o Brasil. E a referência era o seu patrimônio. Esse mesmo que lhe possibilitou ser reconhecida como Cidade Monumento Nacional.

Este é mais um título que Cachoeira orgulhosamente ostenta. Em janeiro próximo completa-se 40 anos do decreto presidencial que assim definiu nossa cidade. É oportuno que o poder público local se mobilize junto a outras instâncias como os órgãos estaduais e federais que têm a missão de proteger o patrimônio material e imaterial, as instituições como a Fundação Pedro Calmon, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, o IPAC e o SPHAN, a academia, os estudantes, os pesquisadores para realizar um evento comemorativo, que sirva de reflexão, serena e racional, sobre o futuro que queremos construir para esta cidade e traçar as suas diretrizes.

Quando da criação da Universidade Federal do Recôncavo – obtida e garantida durante o governo do Presidente Lula – Cachoeira estava a postos, com seu ainda formidável acervo de referências históricas, para ser a cidade símbolo da vertente humanista dessa academia. Orgulha-me ver nossas ruas e bares, ao entardecer, ocupadas por hordas de jovens, com suas vestes , hábitos e linguagens, após saírem das salas e laboratórios, a discutir nos jardins e praças, cinema e filosofia, artes e história, jornalismo e liberdade.

Esta fase presente, aliada ao seu glorioso passado, faz Cachoeira tornar-se candidata em potencial a receber nos próximos dias o título de Capital Cultural da Bahia.

O livre-pensar, atributo típico dos jovens, aliado à sistematização de conhecimentos, produz em todas as partes e épocas, avanços significativos para as sociedades. E assim caminha a juventude em Cachoeira ...

E muitos deles têm conseguido superar os obstáculos para obter acesso ao ensino superior somente graças às consistentes políticas de inclusão social com que nosso Brasil começa a reparar males causados a populações inteiras que foram marginalizadas ao longo da sua história.

Quando estive em África, durante um ano, a trabalho, conheci e vivenciei o dia a dia doloroso e muitas vezes cruel de uma parte da população negra. Em Angola, de onde vieram em grande número legiões de escravos maltrapilhos e famintos que aqui na região foram usados nas lavouras da cana e do fumo, nos engenhos e nos armazéns de fabrico, conheci uma gente irmã e uma paisagem humana parecida com a do Brasil, a da Bahia, a de Cachoeira. Ambos, os negros e negras de Angola e os de nossa terra têm antepassados comuns. Em comum também, a tragédia da escravidão, a nódoa maior da história do nosso país.

Essa mesmo história do Brasil, repito, que passa por Cachoeira. Desde os tempos coloniais, dos engenhos que geravam o açúcar, parte da riqueza que abastecia a Metrópole Portuguesa e, internamente, só beneficiava a elite escravocrata. E na luta contra esse sistema concentrador e excludente, profundamente injusto e impiedoso para com a população negra e pobre, destacou-se um cachoeirano, de quem muito deveríamos nos orgulhar de ser conterrâneos e que estranhamente pouco ou quase nada conhecemos: André Rebouças. Ele que foi considerado por Joaquim Nabuco “o mais universal homem que conhecera” é infelizmente pouco conhecido até em Cachoeira. Radical em seu abolicionismo, pacifista, engenheiro e empreendedor ocupado sempre em iniciativas voltadas ao bem comum, André Rebouças sofreu em sua pele negra o odioso golpe do racismo, mas jamais desistiu. Contrariou e enfrentou na atividade empresarial poderosos e mercenários interesses. Cachoeira deve a esse homem de idéias humanistas e ações consequentes, pelo menos um busto em praça pública. Seu nome deveria ser cultuado nas escolas, e deveria ser ensinado às crianças e aos jovens dessa cidade que um de nossos conterrâneos pregou que sem Justiça não há Paz e que a libertação dos escravos, sem uma imediata reforma agrária – e aqui abro um parêntese para dizer que é dele a frase quem tem a terra, tem o homem - e sem a garantia de uma educação pública e de qualidade para adultos e crianças, os negros no Brasil continuariam condenados à miséria e à marginalidade. Infelizmente foi o que se viu nesse país. Somente com as atuais políticas de reparação é que o sonho e o legado de André Rebouças estão sendo realizados.

Este é um momento sublime não apenas para mim, modesto escriba e incurável curioso sobre fatos da história dessa cidade, cujas ruas me viram menino, como no dizer de um poeta. E são tantos os poetas, daqui e de outros cantos, que se rendem aos encantos de Cachoeira ... Permitam-me citar apenas um deles, mas que bem representa a totalidade. Trata-se de um mago das palavras, inexcedível em seu amor por esta terra. Cachoeira não teve a ventura de ser o seu berço natural, mas foi ele quem escolheu essa terra para viver, para criar, para dar vazão ao seu talento e para empreender cultura. Aqui ele fez o seu pouso, o pouso da sua palavra e de sua emoção incontida. Damário da Cruz é seu nome. Ora adoentado, receba Damário, o abraço solidário e toda a sinergia dos cachoeiranos para ajudá-lo a superar as vicissitudes da vida. Todos que o conhecemos e o amamos, compartilhamos de sua luta. Cachoeira lhe acolheu Damário e lhe tem como filho, pelo muito que fizestes, tem feito e ainda fará pela cultura dessa cidade. Sabemos que ele não é afeito a homenagens, mas é forçoso reconhecer o simbolismo delas, para servir como bálsamo que alivia, as horas de dificuldades e de dor.

Aos meus saudosos pais, que as gerações mais velhas conheceram, o Sr. Souza, coletor estadual e Dona Gisélia, membro da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus, agradeço ter sido trazido ainda no braço, para Cachoeira, de onde saí na adolescência mas de onde nunca me afastei. Casei-me com Ana, ligada por laços aos familiares de um dos mais notáveis cachoeiranos, o Mastro Tranquilino Bastos, fundador da Lyra Ceciliana e autor do Hino da Cachoeira.

Tranquilino Bastos é um dos muitos cachoeiranos que honram nossa história. Artista talentoso, formador de várias gerações de músicos baianos e compositor profícuo - teve obras executadas até na Alemanha – que criou mais de 800 composições,entre músicas sacras e para banda. São dobrados, valsas, missas e outras peças que compõem este acervo, adquirido há trinta anos pelo Governo do Estado, e hoje encontra-se no Setor de Obras Raras da Biblioteca Central, onde está disponível para pesquisadores. Ainda este ano, esperamos lançar O SEMEADOR DE ORQESTRAS , a biografia desse homem que na noite de 13 de Maio de 1888 desfilou pelas ruas de Cachoeira à frente de uma multidão comemorando a assinatura da Lei Áurea, o fim, apenas formal, mas o fim da escravidão no Brasil. Em 1922 , por ocasião do Centenário do 25 de Junho, Tranquilino brinda a sua cidade com a maior de suas criações artísticas : O Hino da Cachoeira, que recebeu a pincelada final do poeta Sabino de Campos. Ambos esculpiram a melodia e a letra dessa composição que sempre arrebata de emoção o coração dos cachoeiranos.

Se no passado, temos tantas referências históricas, a esperança do futuro é um germe inquieto nas mentes e corações dos mais jovens. Por isso mesmo, saúdo daqui os meus filhos, filhos Diego e Desirèe, que desde pequenos aprenderam a conhecer, amar e cultuar Cachoeira. Dizem que quem sai aos seus não degenera … e como também acredito piamente no melhoramento das espécies, creio que os jovens cachoeiranos carregam a esperança de fazer pelo futuro de Cachoeira muito mais e melhor do que nossa geração fez futuro de Cachoeira.


Mas dizia, antes dessa deliciosa digressão sobre a minha ligação com Cachoeira, que estar aqui é também importante para a história de uma geração de cachoeiranos que tem sabido exercitar, cada um de uma maneira peculiar mas todos igualmente fervorosos, o amor a esta cidade, ao ambiente histórico que permeia a sua existência. Que cultiva e exalta seus valores maiores como a Irmandade da Boa Morte e as Festas do Rosário, da Ajuda e do Monte, ora religiosas e ora profanas, seus terreiros de cultos afro-brasileiros, sua culinária benfazeja, a alegria e a criatividade de sua gente, seus segredos guardados em documentos e monumentos... enfim a Cachoeira que amamos é uma só, bela mas infelizmente, às vezes maltratada, como demonstram o estado de seus rios. O Caquende e o Pitanga outrora piscosos e correntes, hoje transformados em quase esgotos a céu aberto, com suas margens ocupadas indevidamente, recebendo dejetos, e seus leitos assoreados. Mas nunca é demais sonhar em virar esse jogo: retirar os esgotos e recuperar as suas margens. Mas isso pode e deve ser sonhado juntos, principalmente, mas não apenas, pelos jovens, motores das transformações sociais, políticas e econômicas. E obviamente ambientais. Todos somos responsáveis ! .

Ainda embevecido por essa oportunidade que os senhores me deram, agradeço a todos aqui presentes, amigos e conterrâneos , especialmente à minha querida amiga e colega jornalista Alzira Costa. Com ela e com muitos outros de nossa geração, como Manuca Passos Pereira, Luiz Cachoeira, Gildete Calumby, Zezinho Lopes, Zé Pinheiro, Cal Passos, Lídice da Mata, Enéas Rocha e muitos outros aqui presentes, lutamos ombro a ombro, combatendo o bom combate : pela liberdade e pela democracia no Brasil, causa que a nossa geração deu seu modesto, porém valioso, contributo. Democracia que não se faz sem o contraditório, sem o debate e sem a crítica livre. Essas, muitas vezes eventualmente podem parecer injustas. Mas justas ou injustas, necessárias, elas sempre serão. Sabemos todos que muitas vezes podemos enxergar excessos em um ou noutro cronista que se ocupe do cotidiano, às vezes perturbado, do panorama político de nossa cidade, de nosso estado e de nosso país. Mas todos, quem critica e quem é criticado, devemos cultivar a responsabilidade de nossos respectivos papéis: respeito e tolerância, de ambas as partes são exigências para o convívio civilizado. Quem exerce funções públicas deve procurar conviver pacificamente com todos, até com quem diz coisas nem sempre agradáveis ou eventualmente injustas. Vamos, por direito, contestar nos canais próprios o que achamos inverdades, mas jamais tentar impedir, ou agredir o direito à livre manifestação.

Por isso mesmo, pemitam-me senhoras e senhores, homenagear outro cachoeirano, jornalista de outra época. Evoco aqui a figura de Ernesto Simões Filho, que nasceu ali no Largo do Monte, em casa vizinha à do Maestro Tranquilino Bastos. Fundador de A Tarde, Simões Filho envolveu-se com paixão e ardor nas lutas políticas de seu tempo. Eleito deputado federal, a Revolução de 1930, que citei agora há pouco, o prendeu e o exilou em Portugal. Anistiado, voltou à trincheira de sua luta política, à tribuna , ao batente e às oficinas do jornal, para liderar campanhas memoráveis em defesa da Bahia e da democracia. Novamente foi exilado e novamente voltou para sua luta, para lutar. Num desses retornos do exílio, veio visitar a sua terra, ele que saíra de Cachoeira rapazinho para ir estudar em Salvador, fez questão de saudar o Maestro Bastos , que fora amigo de seu pai. Já ancião, Tranquilino Bastos assim registrou com orgulho em seu diário no ano de 1934: “Hoje veio me visitar o Dr. Simões Filho”.

Mais tarde, com a redemocratização do país, Simões Filho veio a ser Ministro da Educação no segundo Governo de Getúlio Vargas, o mesmo homem que liderara a Revolução que o perseguira duas décadas atrás. Sua atuação à frente da pasta foi bastante condicionada pela tramitação, no Congresso, do projeto de lei sobre Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que desde 1946 vinha ocupando grande espaço nas discussões sobre o assunto no país (e continuaria a ocupar até 1961, quando seria finalmente aprovada). Ainda em 1951, foi criada no âmbito da sua pasta a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior, a CAPES, que regula o modelo de extensão universitária.


Pois bem, Era o ano de 1953 e o cachoeirano Ministro da Educação muito se empenhou para que sua cidade natal tivesse um estabelecimento de ensino modelar para a época: o Ginásio da Cachoeira, que viria a ser inaugurado quando ele já não era mais ministro. Em um momento oportuno terei a honra de passar às mãos do prefeito ou do Secretário de Cultura – para fazer parte do acervo iconográfico dessa cidade - fotografias que mostram Simões Filho e o então Governador Régis Pacheco em visita a Cachoeira no dia festivo para a inauguração do Ginásio, há 56 anos ! Há muito a fazer em Cachoeira para homenagear e honrar o legado de Simões Filho, como por exemplo , implantar nessa cidade, a terra de Simões Filho, o Museu da Imprensa, pois aqui desde a época da Independência vicejaram centenas de jornais, desde O Independente Constitucional, criado em 1823, em plena guerra, com tipos e máquina mandados vir do Rio de Janeiro pelo próprio Príncipe Dom Pedro de Alcântara, que acabara de proclamar o Brasil independente.
Simões Filho foi um jornalista destemido, político visceral e um cachoeirano que fez história ao renovar o jornalismo brasileiro com seu espírito empreendedor. Com ele inicia-se a fase em que os jornais deixam de ser feitos quase amadoristicamente, para se tornarem empresas; ele deu dimensão empresarial ao seu jornal e o resultado está aí; a Bahia tem uma das mais bem sucedidas empresas exclusivamente jornalísticas desse país. A Tarde, às vésperas de completar 100 anos, é fiel ao ideário de Simões Filho. Moderno e eficiente. E sempre a serviço da Bahia.

Há, entre muitos, um episódio de sua vida, bastante elucidador de seu caráter e de sua generosidade. Polêmico, odiado por uns e amado por muitos, obviamente não esteve a salvo de incompreensões. E num dia, encontra-se frente a frente com um grupo de estudantes exaltados que atacavam as suas idéias e o que ele representava. Cercado pela turba que gritava MORRA SIMÕES FILHO ! ele respondeu, fazendo coro às palavras de ordem dos estudantes exaltados, mas emendando : MORRA SIMÕES FILHO … MAS VIVA A BAHIA ! Desconcertados, os que o apupavam ferozmente, logo o aplaudiram. Assim foi a lição de tolerância, desse grande cachoeirano, que entrou para os anais da imprensa brasileira. A personalidade do jornalista e a linha editorial do jornal que criou eram extensões mútuas uma da outra.

A receita que Simões Filho utilizou está contida no ensinamento máximo do filósofo que citei no início dessa fala . Voltaire nos ensinou a máxima:

NÃO CONCORDO COM UMA SÓ PALAVRA DO QUE DIZEIS MAS DEFENDO ATÉ A MORTE O VOSSO DIREITO DE DIZE-LA.

Encerro aqui este louvor a Cachoeira apelando para que este passado valioso que aqui modestamente rascunhei, sirva a todos nós os atores sociais, indistintamente, como ferramenta para fixar os alicerces da construção de um futuro magnífico, pois … CACHOEIRA , SEU NOME É HISTÓRIA !

Muito Obrigado e VIVA CACHOEIRA !

quarta-feira, 10 de março de 2010

Exposição abre as comemorações pelos 173 anos de emancipação de Cachoeira


l Com informações do ATarde Online l Texto de Cristina Santos Pitta.

A exposição fotográfica Memórias abriu na noite desta terça (9) as comemorações pelos 173 anos da emancipação da cidade histórica de Cachoeira (a 110 km de Salvador), no Recôncavo baiano. O prédio de Câmara e Cadeia Pública, que funciona como galeria e museu na área interna e a sede da Câmara Municipal, foi o local escolhido para abrigar a exposição de 71 fotos que retratam momentos históricos e importantes da Cachoeira de 1910, 1927 e 1935. A inauguração do marco da Independência, em 1930, e a casa onde nasceu e morou Ernesto Simões Filho, fundador do jornal A TARDE, fazem parte do acervo.

Além da exposição de fotos, também foi lançado o concurso de redação para estudantes do ensino médio com o tema ‘A importância de Cachoeira para a formação sociocultural do Brasil’. Segundo Jomar Lima, curador da exposição, as fotos mostram também monumentos arquitetônicos, inaugurações, paisagens urbanas e personalidades. No acervo tem fotos particulares do monsenhor Fernando Carneiro, de João Vieira Lopes, que foi prefeito da cidade, e dos jornalistas Jorge Luís Ramos e Alzira Costa. “São fotos de prédios históricos, como a Capela D’Ajuda, Igreja do Rosarinho, navio Paraguaçu e o convento de Santo Antônio do Paraguaçu. A Câmara foi escolhida para abrigar a exposição por ser um lugar emblemático para o surgimento de Cachoeira”, salientou

O ilustre cachoeirano Ernesto Simões Filho está inserido na história da cidade e na memória da população. O marco da presença do jornalista, advogado e político na cidade é a casa onde ele nasceu e morou, como o Solar Estrela, onde hoje é a sede das Obras de Assistência Social da Paróquia de Cachoeira; a Biblioteca Simões Filho, na Rua Ana Nery; a Rua Simões Filho, onde fica a Igreja de Nossa Senhora do Monte; a casa de número 6, na Rua Tranquilino Bastos, onde Simões Filho nasceu no dia 4 de outubro de 1886, e está localizada ao lado da Igreja do Monte, uma das áreas mais nobres de Cachoeira. No Museu Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na Praça da Aclamação, pode-se encontrar as primeiras edições do jornal A TARDE, capas e fotos doadas pela família.

Para o advogado aposentado Heraldo Cachoeira da Silva, de 82 anos, Simões Filho vive na memória de Cachoeira até os dias atuais. “A passagem da família Simões Filho, que veio de Itiúba para Cachoeira, foi marcante. Enquanto ministro da Educação e filho de um importante comerciante, contribuiu para a história e marcou o desenvolvimento da cidade até hoje”, contou. A família Simões Filho morou em Cachoeira na época da efervescência econômica e próspera da cidade.

A programação continua nesta quarta (10) e quinta (11) com a exibição de filmes da década de 70, 90 e 2000, como ‘Maniçoba’, de Paulo Hermida; ‘Hansen Bahia’, de Joel Almeida; Irmandade da Boa Morte, de Alonso Rodrigues e Campo de Cultura, de Arnaud Conceição. Os curtas tem Cachoeira como cenário ou aspectos de sua cultura.

Cachoeira, um dos poucos meios de comunicação entre o litoral e ointerior do País desde o tempo do Brasil Colonial, foi durante décadas praticamente a única ligação entre a cidade da Bahia e o sertão, levando e trazendo notícias, gente e mercadorias. Em 25 de junho de 1822 na então Vila de Cachoeira foram travadas as primeiras lutas da guerra pela Independência do Brasil, consolidada somente em 2 de Julho de 1823 com a expulsão das tropas portuguesas da Bahia. O trecho navegável do Paraguaçu terminava em Cachoeira, de onde partiam tropeiros e a ferrovia para o interior do Brasil. Cachoeira era um entreposto e viveu nessa época o seu apogeu econômico e político e cultural. A cidade é tombada como patrimônio cultural da humanidade.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher lota Câmara


A Câmara de Vereadores de Cachoeira ficou lotada para a sessão especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, ontem à noite. O presidente da Câmara, Carlos Pereira, após dar início a sessão convidou a vice-presidente da Mesa Diretora, Maria Lúcia Costa Santos, para conduzir os trabalhos. Coube a vereadora Eliana Gonzaga de Jesus falar sobre a data em nome da Câmara. A oradora da sessão especial, a advogada e historiadora Valdelice Tadeu Bispo, abordou em seu discurso quastões como discriminação de gênero em algumas religiões, preconceito e violência, além da falta de políticas públicas para as mulheres. Em seguida, os vereadores Wendel Chaves da Silva, José Carlos Matos Silva, Carlos Pereira e Gevaldo Simões entreguaram os certificados as respectivas homenageadas, Edna Figueredo Mascarenhas, Zenaide Gonçalves, Jocelina Lima da Conceição e Dagma Bonfim Barbosa dos Santos. A homenagem foi encerrada com uma apresentação da Filarmônica 25 de Junho.

Câmara de Cachoeira comemora o Dia Internacional da Mulher

A Câmara de Vereadores de Cachoeira promove nesta
segunda-feira,8 de março, Dia Internacional da Mulher, Sessão
Especial, para comemorar a data. O evento terá como oradora convidada
a advogada e historiadora Valdelice Tadeu Bispo que falará sobre a
participação feminina nos espaços políticos e de poder na sociedade
contemporânea. A oradora tem uma vasta história de militância em
movimentos feministas e de lutas contra as desigualdades sociais,
violência e preconceitos raciais.

A sessão comemorativa ao Dia Internacional da Mulher será
dirigida pelo vereador Carlos Pereira Menezes, presidente da Mesa
Diretora da Casa, que pela primeira vez em sua história conta com as
três cadeiras ocupadas por mulheres. São elas as vereadoras: Maria
Lúcia Costa Santos, Eliana Gonzaga de Jesus e a decana Angélica
Sapucaia da Silva.

Durante a sessão e após a palestra de Valdelice Tadeu Bispo,
serão entregues certificados de reconhecimento a quatro mulheres
cachoeiranas que se destacam na comunidade por suas ações em defesa
dos direitos socais e dignidade humana. As homenageadas são: Zenaide
Gonçalves, Dagma Barbosa Bonfim dos Santos, Jocelina Lima da Conceição
e Edna Figuerêdo Mascarenhas. No encerramento, serão distrbuídas rosas
para todas as mulhres presentes como uma mensagem simbólica pela paz e
harmonia.
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quarta-feira, 3 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Câmara aprova Moção pelo falecimento do escritor Francisco Mello

Câmara aprova Moção pelo falecimento do escritor Francisco Mello




A Câmara de Vereadores aprovou na sessão ordinária de hoje, Moção de Pesar, de autoria do vereador Carlos Pereira, pelo falecimento do poeta e escritor Francisco José de Mello, ocorrido no último dia 26 na Santa Casa de Misericórdia. O vereador autor destacou a contribuição para a cultura cachoeirana das obras escritas por Francisco Mello. Carlos Pereira disse que a Câmara preparava-se para homenageá-lo com o lançamento do seu último livro Crônicas Memoriais, dentro da programação do aniversário de Cachoeira, mas todos foram surpreendidos com a sua enfermidade e posterior falecimento.


Gevaldo elogia obras no Iguape e cobra mais investimentos na área de saúde

O vereador Gevaldo Simões fez elogios à administração municipal pelas obras de pavimentação que estão sendo executadas no distrito de Santiago do Iguape. O vereador disse que sempre tem cobrado do Executivo benfeitorias para aquela comunidade e que não poderia deixar de ser justo reconhecendo a importância das obras para melhorar as condições de saúde dos moradores. Simões apelou ainda para o secretário de Saúde do Município, Mamede Dayube, para providenciar a contratação de um médico para o Posto de Saúde da Família do Iguape, que segundo foi informado, está sem o profissional há dois meses. Ainda segundo o vereador, apenas um enfermeiro está trabalhando no PSF. Gevaldo Simões registrou que fora informado da inclusão do município de Cachoeira no sorteio da Controladoria Geral da União (CGU).

José Carlos Matos Silva destaca atuação da Amopitanga

O vereador José Carlos Matos Silva teceu comentários elogiosos à iniciativa da Associação de Moradores do bairro da Pitanga – Amopitanga, pela realização de torneios de futsal e palestra contra o consumo de drogas, no último final de semana. Ele também registrou o sucesso do lançamento do Calendário Esportivo 2010 do município de Cachoeira, evento realizado sexta-feira passada no plenário da Câmara de Vereadores. Parabenizou a vereadora Maria Lúcia Costa Santos pela realização do campeonato de futebol no bairro da Ladeira da Cadeia. O vereador disse ainda que tomou conhecimento da queixa feita pelo vigário Hélio Vilas Boas, pároco de Cachoeira, durante a missa dominical contra o Secretário da Educação do Município Alex Kaorner. De acordo com o vereador, o religioso reclamou porque a Secretaria ainda não havia liberado professores para o início das aulas na escola da OAPC. Ainda tratando de Educação, falou das reivindicações de moradores da zona rural, sobre a direção da Escola da localidade do Quebra Bunda Para finalizar, o vereador falou das reclamações dos servidores municipais e prestadores que estão recebendo seus salários sem o reajuste legal, destacando que o prefeito Fernando Antônio Pereira já se pronunciou sobre o assunto, mas que os interessados continuam cobrando o reajuste salarial a que têm direito.



Luiz Carlos de Monteiro comemora sucesso de mutirão de saúde


O vereador Luiz Carlos de Monteiro parabenizou a posse dos novos dirigentes do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, realizada no último domingo na Câmara de Vereadores. Em seguida disse da sua satisfação e alegria pela marca dos 182 procedimentos médicos, consultas e exames médicos realizados pela equipe do médico Alan Castor Dayube, durante o sábado passado. Ele parabenizou o médico pelo serviço prestado gratuitamente à população e anunciou que recebeu a notícia de que conseguiu a liberação de (6) seis exames de cintilografia do miocárdio para pacientes cachoeiranos. O vereador concordou com a fala de Gevaldo Simões sobre a ausência de médico no PSF do Iguape e acrescentou que, além do médico estava faltando material para o trabalho. Ele cobrou providências e disse que há verba para atender as reivindicações.


Vereador cobra conclusão das obras da Ponte D. Pedro II e critica atendimento do BB

O vereador Júlio César Costa Sampaio na condição de líder do governo respondeu ao vereador Gevaldo Simões, informando que o Executivo Municipal já está adotando providências para contratar médico para o PSF do Iguape. Segundo ele, o problema atinge outras localidades também, onde a situação também deverá ser regularizada. Sobre a questão levantada pelo vereador José Carlos Matos Silva a respeito da cobrança do vigário Hélio ao secretário de Educação, esclareceu que o início das as aulas da OAPC coincidiram com a realização da Jornada Pedagógica, mas que o problema será resolvido. O vereador alertou para o descumprimento da lei que obriga os bancos atender os clientes no caixa em 15 minutos. Júlio César disse que o a agência do Banco do Brasil, descumpre a lei. O vereador chamou atenção do item da lei que diz que o cliente só poderá reclamar da demora do atendimento se tiver de posse de uma senha. O vereador também falou do (TAC) Termo de Ajuste de Conduta assinado pela Ferrovia Centro Atlântica com o Ministério Público Federal, há mais de três anos, e que até agora não foi cumprido. Ele convocou os colegas para formar uma comissão para ir até o MPF em Salvador para obter mais informações sobre a situação do TAC. Júlio César frisou também a suspensão das obras do anel ferroviário que precisa ser discutida.


Maria Lúcia agradece apoio do Executivo Municipal


A vereadora Maria Lúcia Costa Santos agradeceu ao Executivo Municipal o apoio que recebeu por meio da Secretaria de Obras e Meio Ambiente, no atendimento da reivindicação para a melhoria da estrada que liga a Lagoa Encantada à Ladeira da Cadeia. Ela destacou a atuação do secretário Edgar Moura e do funcionário “Di”. Os agradecimentos também foram para a limpeza da barragem da Ladeira da Cadeia que ainda hoje abastece um número significativos de casas. Ressaltou o sucesso do campeonato de futebol promovido na Ladeira da Cadeia e também o apoio recebido do prefeito para realizar o evento encerrado no último domingo. Falou do lançamento do calendário Esportivo e declarou a sua adesão à comissão que está responsável pelas ações esportivas no município. Maria Lúcia frisou que o esporte é muito importante na luta de combate á drogas. Agradeceu a participação dos desportistas e as presenças do prefeito, do vereador José Carlo Matos Silva no encerramento do evento, além de parabenizar a desportista Raquel responsável pelo Time Palmeiras vencedor do campeonato. Maria Lúcia também registrou o sucesso da sessão itinerante realizada quinta-feira passada na Terra Vermelha com a participação de moradores do Quebra Bunda e Fazenda Bastos.


Eliana lembra o Dia Internacional da Mulher

A vereadora Eliana Gonzaga de Jesus ressaltou que na última segunda-feira esteve em Salvador, em busca de informações e material educativo para a comemoração do Dia Internacional da Mulher que será celebrado na próxima segunda-feira com uma sessão especial na Câmara de Vereadores. Eliana participou em Salvador de Encontro de Mulheres do PMDB, promovido pelo PMDB Mulher. A vereadora disse que convidou em nome da Câmara, a advogada Valdelice Tadeu Bispo para ser oradora da referida sessão.


Vereador Wendel Chaves registra ação da Amopitanga

O vereador disse que há algum tempo assitiu uma reportagem de São Paulo, na televisão, sobre o consumo de drogas, que questionava a responsabilidade dos poderes constituídos sobre a assistência aos dependentes químicos. Conforme o seu relato, a matéria abordava as discussões entre o munícipio e o estado. O vereador disse que em Cachoeira, o poder público municipal tem atuado no sentido de combater e prevenir as drgas, com ações concretas como o incentivo ao espore e citou também o Projeto Camelo, implantado recentemente cujas ações são voltadas para a prevenção ao uso de drogas e o resgate das pessoas que já se envolveram com as mesmas. Wendel Chaves registrou o êxito dos campeonatos promovidos pela Amopitanga, enfatizando o trabalho da entidade no combate às drogas com o incentivo às práticas esportivas.


Carlos Pereira convida colegas para ir à CAR

O vereador apresentou moção de pesar pelo falecimento do escrito Francisco José de Mello. Fez um balanço positivo da sessão itinerante realizada na Terra Vermelha ao tempo que agradeceu a participação popular. Informou que a Câmara as providências adotadas para o Executivo atender as reivindicações dos moradores apresentadas durante a Sessão Itinerante. Carlos Pereira fez convite aos colegas que queiram ir a Salvador na próxima quarta-feira, à sede da CAR- companhia de Ações Regionais solicitar a extensão do sisitema de abastecimento de água do Tabuleiro e Guaíba.
PAUTA Nº: 03 - DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA
01/03/2010

De ordem do Sr. Presidente e fundamentada no Art. 69 e 77 do Regimento Interno às 10:30hs desta, elaboramos a presente pauta.


1.0 – DO EXPEDIENTE:
1.1 – Leitura, discussão e votação da Ata da Sessão anterior;
1.2 - Leitura das correspondências dirigidas a Câmara;
1.3 - Leitura de proposições apresentadas pelos Vereadores:

Projeto de Lei nº. 02/2010 – Dispõe sobre a destinação de recursos dos orçamentos do município de Cachoeira às entidades de direito privado sem fins lucrativos, que indica e dá outras providências;
OF.GAb nº. Em resposta ao oficio 05/2010;
OF.Gab nº. 60/2010 – em atenção as Indicações de nºs. 01 e 02/2010.

2.0 – DA ORDEM DO DIA:
2.1 – Proposição em primeira discussão:

2.2 - PROPOSIÇÃO EM SEGUNDA E TERCEIRA DISCUSSÃO:
a) Projeto de Resolução nº. 16/2009 – Concede Título de Cidadão Cachoeirano ao Ilustríssimo Senhor XAVIER GILLES VATIN. – autora – Vereadora Maria Lucia Costa Santos..

2 .3 - PROPOSIÇÃO EM DISCUSSÃO ÚNICA:
A) Indicações Nº.: 03/2010 – Solicitando do prefeito, melhoramento e encascalhamento da estrada que liga Alto do Túnel até a Lagoa Encantada. AUTOR: Vereador Wendel C. da Silva

Câmara Cultural

Março/2010


Programação de 8 a 13 de março


Dia 8 (segunda-feira)
19h30min: Sessão Especial em Comemoração ao Dia Internacional da Mulher


Dia 9 (terça-feira)
19h30min: Lançamento do Concurso de Redação para estudantes do ensino médio “A importância de Cachoeira para a formação sociocultural do Brasil”- Com prêmios para os três primeiros colocados.

Abertura da Exposição Memórias no Museu da Câmara- Curadoria: Jomar Lima


Dia 10 (quarta-feira)
19h30min: Exibição de filmes

Dia11 (quinta-feira)
19h30min: Continuação da exibição de filmes


DIA 13 DE MARÇO – ANIVERSÁRIO DE CACHOEIRA

14h: Apresentação de grupos de samba de roda na escadaria da Câmara:

Samba da Baixa Grande
Esmola Cantada da Ladeira da Cadeia
Samba de Roda Filhos do Caquende com participação do Samba de Roda Filhas de Yamim